Sinestesia (III) Fim

Por Jú Blasina & Taty Nascimento
Ilustração Jairo TX

Sensorial
Sensitiva
Paradoxal
Afetiva
Doce
Indecente
Fria
Quente
Amarga
Ser-Vil
Incoerente


Ódio - calor.
Frio - amor.
Vento vai,
Penso - sou.
Vento volta;
Apagou.


Vivo
Finjo
Finjo que vivo
Vivo fugindo.
Ser – Vindo
Sendo sem ser.
Fui sem ter sido
O mal vivido
O bem sofrido
O mau sentido
Quero logo sou
Penso logo existo
Sinto logo vivo
Posso?
Desisto!


Não sei pra onde vou.
E como a gota,
Insisto
E como a folha,
Resisto
Crescer
Correr - Cair
Viver pra morrer
Em breve
Sentir


Sou o não ser
Faço o não dever
Quero o não poder
Posso? Já não serve...
Vida breve
Reza leve


Vejo
Querendo ser
Olho querendo ver
Sendo sem ser.
Sinto, vejo e sou
O não querer.
O não saber
Sou – Só – Sou


Sou
Criador e criatura
Vil de chorar
Doce de doer
Frio de queimar
Quente de arder
Vivo pra morrer
Olho pra não ver
Choro para amar
Rio pra sofrer


Creio
No não crer
Rezo pra não ser
Temendo
Sabendo
Já sendo
Reza breve
Vida leve


Junto
Os cacos
Não quebrados
Lembro os fatos
Mal passados
Um pouco de ti
Um resto de mim
Utopia - ser
Agonia - sim
Heresia – crer
Sinestesia

- Fim.



Se "Duas cabeças pensam melhor do que uma"
O que dizer de dois corações pulsando sob as mesmas paixões?
Dor, alegria - São tantos sentimentos, sensações - Amizade em Poesia - Sinestesiando emoções.

Comentários

Abadinha,
todas as expressões de amor e carinho estão descritas nesse post. Amor à poesia, amor à amizade, carinho pelos depois... Amor pelo que se faz. A sinestesia das melhores emoções. Sou grata a Deus por sua amizade!Ti-doro-ti!