À morte de Saramago



Levei dias digerindo...
Num processo lento e doloroso, nada degustativo, como ocorre quando enfiam-nos goela a baixo algo pesado, feito caroço, que além de amargo e insosso, causa a todo o corpo um enorme desgosto. E como lutar contra um processo biológico é lutar contra a própria vida, inevitavelmente tive que aceitar, que deixar ir e ficar, mesmo com aquilo que ele não chamaria alma, em aberta ferida, pois quando um morrer assim acontece, algo em mim entristece. E rara(a)mente encontra espaço para despedida...





Foto: divulgação.

Comentários

Anônimo disse…
Às vezes, é nos velórios que velhos amigos se reveem. Vamos evitar que nosso reencontro seja adiado até o funeral do primeiro que resolver ir-se embora. Também sinto sua falta.

A propósito, parabéns pelo e-book. Quando voltar para casa (estou na estrada, agora, adquirindo mais horas de prática em proctologia geográfica), vou baixá-lo.

Um beijo enorme pra ti e para o nosso marido

seu eterno amigo

V.
Anônimo disse…
Que blogão heim! Volatarei muitas vezes. Olha só, pretendo organizar um evento de poesia em RG, que pensei em chamar de Sarau Aberto. Ainda estou procurando lugar, mas´convidarei todos os poetas da cidade e a única regar será de três poemas para cada poeta. O que achas? Abraços.