Medit(a)a(a)ção

Desagrada-me o não pensar
Este nada que(a)guarda o fechar dos olhos
A neblina paciente que engloba-me a razão
A imensidão que habita debaixo das pálpebras

Desacomoda-me o silêncio
Este eco frio que sela o lábio
Mudo... O nada a preencher meu tudo
Quando a escuridão me tange
Um silêncio me constrange
E temo a leveza que me toma
Num relaxar que é quase coma
Quando abandono-me por instantes

No breve intervalo do sentir
Sei que não sou nada
Que nada é, e que nada me é
Obstante... Temo então

O voar do ser alado
O canto que guardo calado
O despertar de tudo
O que dorme em mim (?)

E temo não mais me ser
Aquilo que penso saber
Pois só quando sem razão
Eis que me sinto, enfim




Imagem: Audrey Kawasaki

Comentários

Thi!!! disse…
Não pense em ser, amiguinha.. simplesmente, SEJA!!! Qdo racionalizamos demais surgem dúvidas, medos, lembranças. O caminho correto geralmente é inconsciente, é algo maior acima do racional, que só a experiência da meditação (parar o pensametnto) será capaz de lhe ensinar. Boa sorte em sua jornada!! conte comigo, sempre. bjaoo
Daniel Moreira disse…
Viu o que teu amigo disse né. SEJA!!!
http://revista-seja.blogspot.com

Abraço
Ju Blasina disse…
Risos, pois é meninos. SEJAmos, todos nós! Beijus