Imagem: Milo Manara

Sexo
Natural
Ou recreação?
Há tempos dispensa
Sua primordial função
Reproduzir, Procriação!
Sob nova era, ganha
Novas regras e conotação
Posicionamentos e posição!
Mudam-se os nomes,
Os pares, o local e a ocasião
Seja nas ruas, nos lares, nos bares
Une e separa. Independente da opção
Amor ou diversão?
Intercurso – pudor, obrigação
Cópula – fecundação
Transa, Orgia – ardor, libertação
Inúteis são os conceitos e preconceitos
Há espaço pra todo o tipo e combinação
Chame de qualquer coisa, faça de qualquer jeito
Desde que preserve a vida e garanta a satisfação!
Começou sozinho, logo formou um par.
Passou por um momento a três e acabou de quatro.
Resumo assim o poema, que não é um fato ou relato.
Apenas um retrato de um assunto que, com prazer, eu trato!
Comentários
"Passou por um momento a três e acabou de quatro..."
Trata-se da estrutura formal do poeminha - O número de versos/estrofes, crescentes (1..2..3..3..4..4..4..4)
É isso e não - só - um delicioso trocadilho maliocioso. Beijus
Vem de uma pequena confusão que eu fazia quando criança (graças à respostas fugidias de minha mãe, a quem eu enlouquecia com perguntas precoces). Enfim, por muito tempo eu acreditava que sexo oral tratava-se de sexo falado - a oralidade do sexo - conforme fiz nesse poeminha (que mais parece campanha publicitária de época de carnaval, mas tudo bem)